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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cientistas descobriram maneira de estender a expectativa de vida para 800 anos



Há agora uma maneira de prolongar a vida útil de organismos e até mesmo seres humanos.

Seria concebível uma pessoa viver até os 800 anos? Em um desenvolvimento surpreendente, cientistas da Universidade do Sul da Califórnia anunciaram que conseguiram estender o tempo de vida de leveduras (fungos usados na fermentação de pão e cerveja) em 10 vezes e o estudo poderia ser aplicado em seres humanos.

O trabalho relata que a grande “mágica” não é tão difícil: basta mexer em dois genes do DNA e cortar a ingestão de certas quantidades de caloria.

Em um comunicado oficial, os pesquisadores disseram: “A descoberta mais importante ocorreu através da combinação de genética e dieta, o que nos permitiu ficarmos mais próximos de controlar a sobrevivência e a saúde de unidades básicas da vida: as células”.

Os cientistas retiraram dois genes do fermento de pão (conhecido como levedura, cujo nome científico é Saccharomyces cerevisiae) chamados de RAS2 e SCH9, sendo a eles atribuída a função de promover o envelhecimento nestes fungos e o desenvolvimento de câncer em mamíferos. “Nós estamos criando a reprogramação de vida saudável”, diz o líder do estudo Valter Longo.

Eu diria que fazer um organismo viver 10 vezes mais do que normalmente vive é algo muito significativo”, comentou Anna McCormick, chefe de genética e biologia celular do Instituto Nacional do Envelhecimento nos EUA. Este órgão financia programas e pesquisas que visam o desenvolvimento de drogas que prolonguem a vida das pessoas.

Leveduras usadas em panificação são um dos organismos mais bem estudos em todo o mundo. Em virtude de sua simplicidade foi possível encontrar os genes responsáveis por promover seu envelhecimento.

Os cientistas já estão estudando uma técnica em humanos no Equador. Os estudiosos dizem que modificar genes em humanos para promover a longevidade pode gerar déficits de crescimento e sérios problemas de saúde. Encontrar uma droga que prolongue a vida humana sem nenhum efeito secundário será um passo extremamente difícil.

Em alguns países a expectativa de vida é de 80 anos, multiplicar este número em 10 vezes pode soar como ficção científica. Vamos esperar para ver se um dia este fato será possível.

Nasce ovelha geneticamente modificada por chineses para produzir apenas gordura saudável em sua carne



Os cientistas clonaram ovelhas com modificações genéticas para desenvolverem apenas boas gorduras.

Essas gorduras ditas saudáveis são encontradas naturalmente em peixes, sementes, nozes e verduras, reduzindo o risco de ataques cardíacos e doenças cardiovasculares.

A ovelha chamada de Peng Peng nasceu com 5,74 kg em um laboratório da região do extremo oeste da China, em Xinjiang. “A ovelha está crescendo muito bem e é muito saudável como qualquer ovelha normal”, comentou o cientista Du Yutao do Instituto de Genômica de Pequim (BGI) em Shenzhen, sul da China, em declaração a agência de notícias Reuters, publicada no portal britânico Daily Mail.

Du e seus colegas inseriram genes ligados á produção de ácidos graxos polinsaturados em uma célula retirada da orelha de um carneiro. A célula foi então inserida em um óvulo não fertilizado e implantado no útero de uma ovelha de aluguel.

O gene foi originalmente introduzido em um tipo de verme, cujo nome científico é Caenorhabditis elegans para provar suas propriedades na produção de gordura saudável, sendo bom para a saúde humana”, comentou Du.

A China precisa alimentar 22% da população mundial, mas tem apenas 7% de terras aráveis, dedicando-se na exploração de tecnologias para aumentar a produção nacional de grãos, carnes e outros produtos alimentícios.

Mas há preocupações sobre a segurança de alimentos geneticamente modificados e levará alguns anos para que a carne de animais com genes modificados ganhe as prateleiras dos mercados chineses.


O governo chinês encoraja projetos de transgênicos, mas precisamos ter melhores métodos e resultados para provar que plantas e animais transgênicos são inofensivos e seguros para o consumo, o que é crucial”, comentou o pesquisador.

Alguns grupos de defesa do meio ambiente dizem que isso é mais um passo para encarar a criação de animais apenas como uma simples mercadoria para os benefícios da indústria de alimentos ao redor do mundo.

A modificação genética de animais é susceptível em altos índices de fracasso, assim como ocorre como as plantas, e isso pode ter implicações para o bem-estar do animal”, comentou Pete Riley, diretor de um grupo de defesa dos animais.

A grande questão é que já sabemos que mantendo uma dieta balanceada, evitando excessos e fazendo exercícios físicos regularmente, podemos evitar problemas cardíacos.

Neste contexto modificar geneticamente ovelhas é simplesmente algo estúpido e o dinheiro poderia ser aplicado em programas de saúde pública destinado a todas as pessoas no planeta para terem acesso a uma dieta equilibrada”, comentou Pete.

Os Estados Unidos é líder mundial na produção de alimentos geneticamente modificados. Seu órgão de regulamentação, o FDA (com papel semelhante ao da ANVISA no Brasil) já aprovou a venda de alimentos provenientes de clones e seus descendentes, afirmando que os produtos são indistinguíveis dos animais não clonados.

A empresa AquaBounty, EUA, patenteou um salmão do Atlântico geneticamente modificado que consegue crescer em níveis assustadores e deve ser aprovado para venda e consumo ainda este ano no país.




Tântalo; um elemento tão importante que poucos conhecem


Você provavelmente nunca prestou atenção ao tântalo quando olhou para a tabela periódica. “Sentado” ali, no meio de um mar de metais de transição.

E, no entanto, o tântalo é cada vez mais importante no século 21, porque ele desempenha um grande papel na tomada de dispositivos eletrônicos portáteis combatendo naturalmente a corrosão. Junto com o aumento da demanda por tântalo vem um preço humano: recurso de tântalo financiou porções da Segunda Guerra do Congo, o conflito mais sangrento desde a Segunda Guerra Mundial.

À prova de corrosão

Tântalo tem número atômico 73, aconchegando entre os elementos háfnio, nióbio e tungstênio. Descoberto no século 19 foi nomeado Tântalo, uma figura da mitologia grega, que se viu condenado a passar a eternidade em um esquema de tortura após a morte. Uma força desconhecida exigiu que Tantalus ficasse em águas profundas de joelhos, com uma fruta deliciosa acima, mas fora o alcance. O nome refere-se à própria capacidade do tântalo ser submerso em substâncias sem sofrer danos.

Na verdade, características incomuns do tântalo, levaram a sua utilização crescente no final do século 20 e início do século 21. O elemento é extremamente estável a temperaturas inferiores a 150 graus Celsius, e precisa de exposição ao ácido fluorídrico, um dos mais fortes ácidos que existem, para provocar a corrosão. Esta proteção contra a corrosão é devida a uma camada protetora natural criada por óxidos de tântalo na superfície do metal, fazendo com que o elemento tenha uma combinação prefeita para utilização em estruturas expostas aos elementos, como pontes e tanques de água.
Mina brasileira de extração de Tântalo O Brasil possui cerca de 20% da demanda mundial deste metal. Foto: Reprodução

Usado no Século 21

O uso do tântalo no século 21 veio primeiro na criação de capacitores. Condensadores de tântalo tem capacidade extremamente alta, embalados em um volume pequeno – perfeito para diminuir os nossos dispositivos eletrônicos, ou abrindo espaço adicional neles para processadores maiores ou alto-falantes.

O tântalo é encontrado em telefones celulares, tocadores de DVD, discos rígidos, computadores portáteis e PS3 – essencialmente qualquer peça de casa ou equipamentos eletrônicos industriais. Tântalo também é usado para criar filtros de ondas acústicas de superfície, aparelhos usados em telefones celulares e televisores para melhorar a qualidade de áudio. O telefone celular tem em média 40 miligramas de tântalo em seu interior – não é uma quantidade considerável, mas que se somarmos aos milhões e milhões de celulares usados no mundo...

Condensadores de tântalo apresentam uma taxa de falha extremamente baixa, tornando-os ideais para uso em equipamentos médicos, incluindo aparelhos auditivos e dispositivos como marca-passos. Tântalo não é prejudicado por fluídos corporais e não irrita a pele, tornando-se um metal perfeito para criar implantes como quadril, joelho e outros.

Como ele é encontrado?

O tântalo é raramente encontrado em sua forma elementar – o elemento é encontrado frequentemente com nióbio e tório e elementos radioativos como o urânio. Processos industriais são obrigatórios para extrair tântalo puro. A América do Sul e a Austrália contam com mais de dois terços da produção mundial de tântalo, com uma única mina do Brasil representando 20% da oferta anual do mundo.
Mineradores do Congo mostrando o mineral rico em Tântalo. Foto: Reprodução/WildlifeDirect

O uso crescente de tântalo em dispositivos eletrônicos tem aumentado o custo de capacitores de grau na última década, com a forma refinada atualmente oscilando em torno de 661 dólares o quilo, enquanto as formas menos puras são vendidas por 220 dólares, um pouco mais que um quilo.

“Coltan” é outro nome usado para a columbita-tantalita, um minério contendo uma mistura de nióbio e tântalo. A República Democrática do Congo (anteriormente Zaire) é extremamente rica em reservas de coltan, com a maioria de coltan extraída ilegalmente e vendida para a China. A segunda Guerra do Congo já custou mais de 5,4 milhões de vidas, o conflito interno mais sangrento desde a Segunda Guerra Mundial.

O Kahuzi-Biega National Park e o Okapi Wildlife Reserve são fontes extremamente férteis de coltan com atividades de mineração que expulsam os gorilas nessas áreas protegidas. A mineração de coltan no Congo também traz outro problema – devido à distância de supermercados e abrigos, os mineradores acabam matando os gorilas para sua alimentação, contribuindo para extinção de várias espécies.

Os moradores também procuram coltan bem conscientes dos ganhos financeiros que se encontram na área circundante à medida que peneiram a pedra nos leitos dos rios e removem os pedaços que sobram das minas abandonadas. No Congo, 1/3 das crianças abandonam as escolas visando as minas de coltan, o que tem um impacto negativo na região por gerações.

As pessoas recebem cerca de 10 dólares por um quilo de coltan bruto, uma quantidade de dinheiro que faz diferença na vida de famílias miseráveis que procuram uma maneira de alimentar suas famílias.
Fonte: http://jornalciencia.com/tecnologia/diversos/1667-especial-quimica-tantalo-um-elemento-tao-importante-que-poucos-conhecem



Encontrado fóssil de tartaruga gigante que viveu há 60 milhões de anos



Um fóssil de tartaruga, grande o suficiente para preencher completamente uma piscina infantil, foi encontrado na Colômbia.

Paleontólogos da Universidade do Estado da Carolina do Norte, EUA, encontraram fóssil da espécie Carbonemys cofrinii, em uma mina de carvão em 2005, mas só agora foram feitos estudos mais aprofundados.

O espécime possuía crânio com 24 centímetros de comprimento. Seu casco foi encontrado nas proximidades do local das escavações, com aproximadamente 172 centímetros. O líder do estudo, Edwin Cadena, comentou que esse fóssil encontrado na Colômbia é o maior exemplar de tartaruga de água doce já encontrado nas três Américas.

Havíamos recuperado espécimes menores de tartaruga nas redondezas, mas depois de quatro dias de escavações, percebemos que existia uma tartaruga ainda maior, o que nos deu uma noção do gigantismo de tartarugas de água doce”, comentou Cadena.

Descendentes menores de Carbonemys existiam lado a lado dos dinossauros, mas a versão gigante dessa tartaruga só surgiu 5 milhões de anos após a grande extinção que dizimou boa parte deles, em um período que muitos répteis, incluindo a Titanoboa cerrejonensis, a maior serpente já descoberta, viviam em seu habitat com grande abundância de alimentação.

Neste período, as mudanças climáticas permitiram que as espécies gigantes sobrevivessem com conforto. Aparentemente, o calor permitiu que várias espécies pudessem aumentar seu tamanho com o passar das gerações.

Segundo o Dr. Dan Ksepka, associado da universidade, uma tartaruga tão grande necessitava de um grande território para obter comida suficiente. “Encontramos muitas mordidas em conchas no local onde o fóssil foi localizado. Possivelmente as mordidas são de crocodilos, mas eles não incomodavam a espécie gigante de tartaruga quando estavam na fase adulta”, comentou o Dr. Ksepka.

A pesquisa completa foi publicada no Journal of Systematic Palaeontology. Apesar do tamanho, existem exemplares maiores nos dias de hoje que vivem nos oceanos, como a tartaruga-de-couro que pode alcançar 3 metros de comprimento e pesar quase 1 tonelada.


Cientistas criaram, pela primeira vez, células cardíacas pulsantes usando células da pele


Células da pele foram usadas para criar um tecido cardíaco com atividade frenética.
Os pesquisadores, pela primeira vez, conseguiram retirar células da pele de pacientes com insuficiência cardíaca e transformá-las em células cardíacas saudáveis com batimento contínuo. Isso é um marco na ciência, podendo ser usado um dia em pacientes com graves problemas no coração.
Ainda serão necessários longos anos de estudo e pesquisa, mas os resultados iniciais sugerem que essas células são capazes de reprogramar as células do paciente, reparando o próprio coração danificado da pessoa na qual foram retiradas as células da pele.
Nós fomos capazes de demonstrar a capacidade de retirar células da pele de pacientes muito doentes com insuficiência cardíaca significativa, mostrando que as células da própria pele podem se diferenciar tornando-se cardíacas saudáveis”, comentou Lior Gepstein, líder da pesquisa.
Desse modo, no futuro, cientistas conseguiram retirar as células da pele de um paciente com grave problema no coração e reprogramá-las para se tornarem células tronco pluripotentes induzidas para então, posteriormente, adquirirem características de células cardíacas jovens e saudáveis.
O estudo, que foi publicado no European Heart Journal, mostrou que os ensaios clínicos com seres humanos ocorrerão nos próximos 10 anos.
Estas células podem ser transplantadas em corações de animais, conseguindo sobreviver e funcionar em sincronia com o tecido do coração que já existem no local. Este estudo abre caminhos para futuros ensaios clínicos específicos dentro de uma década”, comentou Gepstein.
Infelizmente, pessoas com sérios problemas no coração, possuem apenas duas únicas opções: dispositivos mecânicos para ajudar no bombeamento ou aguardar por um transplante que pode levar meses ou anos para ocorrer.
Fonte: http://jornalciencia.com/saude/mente/1702-cientistas-criaram-pela-primeira-vez-celulas-cardiacas-pulsantes-usando-celulas-da-pele

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Nanopartículas aquecidas por ondas de rádio podem ativar genes que produzem insulina


Pesquisadores conseguiram ativar genes de animais vivos, fornecendo uma visão futura sobre as novas tecnologias gênicas que serão usadas em humanos.
O trabalho, em que uma equipe usou ondas de rádio para ligar a complexa cadeia produtora de insulina contidas em genes de camundongos, foi publicado hoje na revista Science.
Jeffrey Friedman, um geneticista molecular da Universidade Rockefeller, em Nova York e principal autor do estudo, diz que, no curto prazo, os resultados vão levar a melhores ferramentas para permitir aos cientistas manipular as células de modo não invasivo.
Friedman e os seus colegas usaram nano partículas de óxido de ferro revestidas com anticorpos que se ligam a uma versão modificada no canal TRPV1 que é sensível a temperatura, localizando-se sob a superfície da pele.
Eles injetaram estas partículas em tumores que cresceram sob as peles de ratos, então utilizaram o campo magnético gerado por um dispositivo semelhante a uma máquina miniatura de ressonância para aquecer as nanopartículas com ondas de baixa frequência de rádio.
Por sua vez, as nano partículas aquecidas ativaram o canal de íons em uma temperatura de 42 ºC. Abertura do canal de cálcio permitiu fluidez para as células, provocando sinais secundários na ativação de genes sensíveis a produção de insulina.
Após 30 minutos de exposição às ondas de rádio, os vários níveis de insulina dos ratos tinham aumentado e seus níveis de açúcar no sangue caído.
Estrelas do rádio
A grande coisa sobre este sistema é que ondas de rádio podem penetrar o tecido profundo, e o TRPV1 pode concentrar esse estímulo exatamente nos locais onde estão as nanopartículas”, diz David Juluis, um fisiologista que estuda TRPV1 na Universidade da Califórnia.
Friedman diz que sua equipe não desenvolveu o método como uma forma de gestão da diabetes, níveis de açúcar no sangue e insulina simplesmente fornecem leituras convenientes fisiológicas para verificar que o controle remoto está funcionando. “Há muitos bons tratamentos para diabetes que são muito mais simples, diz ele. No entanto, o sistema poderia potencialmente ser manipulado para produzir proteínas para o tratamento de outras condições.”
Em experiência de controle os pesquisadores mostraram que as ondas de rádio aqueciam apenas as células que continham as nanopartículas, e que o calor não matou as células especializadas, nem se espalhou para células vizinhas.
Os campos magnéticos são uma boa maneira de desenvolver energia suficiente sem fazer mal”, diz Arnd Pralle, um biofísico da Universidade Estadual de Nova York em Buffalo, que já trabalhou em neurônios, estimulantes usados mais investigação com ondas de rádio. No entanto, diz ele, é necessária mais investigações para caracterizar plenamente como as nanopartículas absorvem e redistribuem o calor.
A terapia gênica
O método atual de Fiedman não é prático para uso em clínica, porque não é ético fazer crescer tumores em seres humanos, de modo que os pesquisadores estão planejando usar este sistema de distribuição com outras nanoalternativas. “Acho que as pessoas intuem que a tecnologia um dia terá impacto na medicina humana”, diz Friedman.

As árvores, em especial os eucaliptos, emitem eletricidade, afirmam cientistas


Cientistas australianos encontraram árvores em áreas preenchidas com grande quantidade de partículas carregadas – íons, tanto positivos quanto negativos.
Os níveis eram duas vezes mais altos em áreas arborizadas e com raízes muito profundas, como os eucaliptos.
Os pesquisadores da Queensland University of Techonology não acreditam que os íons sejam prejudiciais à saúde. Os pesquisadores já acreditavam que existisse uma ligação entre as árvores e a eletricidade na atmosfera, mas foram incapazes de provar esta associação.
Mas agora os cientistas conseguiram demonstrar que as concentrações de íons positivos e negativos na atmosfera eram duas vezes maiores e mais densas na área florestal em comparação com regiões de capim.
O pesquisador Dr. Rohan Jayaratne disse que o fato poderia ser explicado pela radiação do gás radônio. Este gás é um subproduto do decaimento radioativo de rádio, que é exalado pelo chão. As árvores atuariam como bombas, trazendo o gás para a superfície, liberando-o.
O rádio é encontrado em rochas e o radônio é solúvel em água. Locais com água subterrânea são particularmente ricas em radônio”, comentou o Jayaratne. O cientista salientou que as plantas liberariam o gás através da transpiração das folhas. Segundo ele, a eletricidade seria mais comum em árvores com sistemas radiculares muito profundos, como o eucalipto.
Em um artigo escrito na revista Environmental Science and Technology, os pesquisadores estimam que em florestas de eucalipto, 37% do gás radônio encontrado derivam da transpiração das árvores.
Os íons carregados poderiam ter implicações para a saúde, embora não se acredite neste potencial. “Mesmo que haja uma relação estabelecida entre as partículas do ar e da saúde humana, o papel dos íons é praticamente desconhecido”, comentou Jayaratne.
Fonte: http://jornalciencia.com/meio-ambiente/diversos/1582-as-arvores-emitem-eletricidade-afirmam-os-cientistas-em-especial-os-eucaliptos

Imagens do HIV em células infectadas revelam táticas virais inéditas



As táticas que o HIV usa para infectar células foram visualizadas em maior detalhe, nunca antes visto, através de nova técnica.

Microscópios de luz convencionais não conseguem ver as estruturas menores que 200 nanômetros porque eles são limitados pelo comprimento de onda da luz visível. Os vírus que, normalmente, medem cerca de 25 a 300 nm, são muito pequenos para serem observados.

Uma forma de contornar este problema é observar as proteínas através de marcadores fluorescentes, ativando-as e observando o mapa e a localização de todas as proteínas marcadas em uma imagem composta. O grande problema com esta técnica é que os marcadores usados podem interferir na função real da proteína, tornando difícil de ver o que de fato ocorre em um sistema natural.

Nathalie Arhel do Instituto Pasteur em Paris e seus colegas conseguiram modificar esta técnica e inseriu seis aminoácidos em uma enzima que o HIV utiliza para integrar seu DNA no genoma hospedeiro. Os aminoácidos não afetam a função da enzima e proporcionam um melhor sistema com os marcadores convencionais.

Essa nova técnica consegue observar melhor o HIV. Anteriormente não era claro se o material genético do vírus era liberado no citoplasma da célula hospedeira ou se permanecia em um recipiente chamado capsídeo até atingir o núcleo da célula.

Segundo o estudo, o HIV deixa suas informações genéticas guardadas dentro do capsídeo. Esse dado é vital para desenvolver fármacos que consigam interceptar o vírus antes que suas moléculas se integrem ao DNA humano.

A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Science.






Roncar pode aumentar em 5 vezes o risco de desenvolver câncer O ronco e outros distúrbios respiratórios do sono podem privar o corpo de oxigênio suficiente por algumas horas.


O ronco e outros distúrbios respiratórios do sono podem privar o corpo de oxigênio suficiente por algumas horas.
Os cientistas acreditam que os baixos níveis de oxigênio no sangue podem desencadear o desenvolvimento de tumores cancerígenos, promovendo o crescimento dos vasos que os alimentam.
Eles dizem que, no futuro, será possível prever doenças nas pessoas, impedindo que elas ronquem. O estudo americano analisou a taxa de câncer em mais de 1.500 pessoas com problemas de sono, com idades acima dos 22 anos.
Os cientistas disseram que aqueles com a respiração desordenada grave ao dormir tinham quase 5 vezes mais chances de desenvolver câncer do que aqueles sem nenhum problema respiratório no momento do sono.
Um dos problemas do sono é a apneia. Pesquisas recentes dizem que a apneia está diretamente ligada com vários problemas, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, ataques cardíacos e acidente vascular cerebral.
Estudos laboratoriais mostraram que a hipóxia intermitente (ou seja, baixos níveis de oxigênio) promovem o crescimento de tumores em ratos com câncer de pele. A falta de oxigênio estimula o crescimento de vasos sanguíneos que alimentam os tumores, um processo chamado de angiogenese.
Dr. Javier Nieto, líder da pesquisa, comentou: “A consistência das evidências a partir das experiências com animais mostram aspectos epidemiológicos muito atrativos para comparação com humanos”.
O nosso primeiro estudo revelou uma associação entre o ronco e doenças respiratórias de sono com um elevado risco de mortalidade por câncer em uma determina amostra populacional”, acrescentou.
O pesquisador, no entanto, enfatiza que são necessárias mais provas sobre esta ligação. Os resultados do estudo foram apresentados na Sociedade Torácica Americana em São Francisco, EUA e publicadas na revista American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.


Pesquisadores americanos estão demonstrando um meio de usar partes curtas de DNA com dados regraváveis em células vivas.A técnica utiliza duas proteínas adaptadas a partir de um vírus para transformar pedaços de DNA em “bits”. Embora seja em um estágio inicial, o avanço pode ajudar a pavimentar o caminho para a computação e o armazenamento de memória em sistemas biológicos.
Pesquisadores dizem que o avanço pode ser usado para depositar informações pequenas para serem usados na luta contra o câncer e o envelhecimento. A equipe de bioengenharia da Universidade de Stanford está empenhada neste trabalho há três anos.
Para “ler” os dados nos cortes feitos, é necessária uma iluminação especial que mostra um brilho vermelho ou verde, dependendo da orientação apresentada.
As duas proteínas usadas chamam-se integrase e excisionase. Elas foram produzidas através de um bacteriófago – um tipo de vírus que só infecta bactérias.
O truque foi encontrar um equilíbrio entre as proteínas para, de modo confiável, mudar a direção das seções de DNA que funcionariam como um “bit”. Depois de 750 ensaios, a equipe atingiu o objetivo, conseguindo modelar um sistema que é equivalente a 8 bits processamento de informações.
O trabalho está na fronteira da engenharia biológica e o principal autor do estudo, Drew Endy, disse que grandes aplicações sobre essa abordagem ainda estão por vir, mas ele não está preocupado com isso.
Eu não estou preocupado como essas formas de armazenamento de dados genéticos podem ser úteis no futuro, apenas quero criar de forma confiável pedaços biológicos para que a tecnologia seja possível”, disse Endy.
Após isso, vamos colocar a tecnologia nas mãos de outros cientistas para mostrar ao mundo como ela poderá ser usada”, salientou o cientista.
À medida que os pedaços de DNA são mantidos ativos, as informações são transmitidas mesmo após 90 duplicações celulares. Os fragmentos de DNA com informações específicas poderiam ser usadas como “repórteres” levando bits de informações para ajudar no entendimento da proliferação de células, por exemplo, em tecidos cancerosos.
Ao longo prazo, a integração desse sistema biológico com componentes computacionais pode provocar um grande avanço no estudo do cérebro e da mente. “Um dos lugares mais legais para a computação é dentro dos sistemas biológicos”, concluiu Endy.

Sapos com grande quantidade de parasitas são mais resistentes contra vírus

Os parasitas parecem ser inimigos de várias espécies, mas grandes amigos dos sapos, é o que revela uma pesquisa recente.
A grande diversidade de parasitas que acometem os anfíbios provoca uma diminuição no desenvolvimento de algumas doenças. “Coletivamente, os nossos resultados ilustram a importância de considerar o papel oculto da diversidade parasitária em prevenir doenças”, disse o pesquisador Pieter Johnson, da Universidade do Colorado, em um comunicado oficial.
Embora nosso estudo seja apenas com anfíbios, há ampla evidência para sugerir processos semelhantes em humanos e outros animais”, comentou.
Os cientistas estão preocupados sobre como as alterações na biodiversidade de parasitas afetam os riscos de doenças infecciosas em seres humanos e animais selvagens. Traçar as relações entre parasitas e anfíbios é importante, pois poucos estudos examinaram a influência da diversidade parasitária sobre alguns tipos de doenças. Segundo Johnson, os anfíbios são os animais em maior declínio populacional no mundo, devido a atividades humanas.
A pesquisa revelou que rãs que conviviam com 6 parasitas em seus organismos tiveram 42% menos infecções do que rãs expostas a apenas um tipo de parasita. O estudo foi publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences. Segundo os cientistas, os dados apontam que uma maior quantidade de parasitas no organismo, maior é a proteção contra algumas doençasA teoria seria de que, muitos parasitas diferentes, competiriam entre si, melhorando a capacidade do sistema imunológico para resistir a ataques de patógenos virulentos.
Segundo dados oficiais, 40% de todas as espécies de anfíbios do mundo estão em declínio populacional e mais de 200 foram extintas desde 1970.

O bom colesterol não é tão bom como todos nós pensávamos


Ao longo das últimas décadas, os cientistas sugeriram que os níveis elevados de HDL eram um fator positivo, sendo chamado de bom colesterol, reduzindo o risco de ataques cardíacos.

Novas evidências, no entanto, sugerem que a coisa não é bem assim como pensávamos. O estudo, publicado na revista The Lancet, desafia as suposições existentes de altos níveis de HLD como um fator para redução de doenças cardíacas. A dúvida surgiu justamente pelo conhecimento de que, índices diminutos de HLD também são tidos como associados ao baixo risco de ataques cardíacos.

Uma equipe de pesquisadores do Instituto Broad do Massachusetts General Hospital, estudou as ligações entre as variantes genéticas e os níveis de HDL, associando a ataques cardíacos em mais de 170.000 pacientes. A pesquisa não encontrou nenhuma evidência de que o HDL reduza o risco de doenças cardíacas.

Sekar Kathiresan, professor associado de medicina na Harvard Medical School, declarou ao portal Science Daily:

Sempre foi dito que um paciente deveria aumentar os níveis de HDL, pensando que os riscos de doenças cardíacas diminuiriam. Este trabalho mostrou que isso não tem fundamento”.

O que a pesquisa certamente não nega é que níveis baixos de HDL são indícios de doenças cardíacas futuras. Na verdade, o HDL é um indicador que continuará a ser usado como fator de identificação, selecionando pacientes com baixo ou elevado risco de doenças no coração. O que a pesquisa sugere claramente é que, qualquer tentativa de aumentar artificialmente o HDL em um paciente pode ser completamente inútil.

Aumentar os níveis de HDL através de qualquer mecanismo não irá ajudar em nada os pacientes. Talvez existam outros mecanismos que possam reduzir os riscos de doenças; vamos continuar pesquisando. para saber”, comentou Kathiresan.

A pesquisa acaba sendo um “tapa na cara” de grandes indústrias farmacêuticas que possuem medicamentos que ajudam a aumentar o HDL.

Encontrados micróbios com centenas de milhares de anos que vivem no limite entre a vida e a morte.


Foi encontrado no Oceano Pacífico seres microscópicos que são tão lentos na absorção de nutrientes em seu ambiente que mal podem ser classificados como vivos.

Paradoxalmente, no entanto, eles também podem estar entre os organismos mais antigos já encontrados na Terra.

Os seres vivos foram encontrados no Giro do Pacífico Norte, um dos cinco maiores giros oceânicos do mundo. As areias e lamas dos continentes raramente chegam até lá, então, o fundo é formado por sedimentos acumulados a uma taxa muito lenta.

A argila encontrada localizava-se apenas 30 metros abaixo da superfície, datada de 86 milhões de anos, 20 milhões de anos antes do reinado do Tyrannosaurus rex.

A argila continha pouquíssima energia sob a forma de nutrientes, o que deveria ser incapaz de sustentar a vida. Os micróbios foram encontrados em outras comunidades ricas de nutrientes em outros pontos do mesmo local.

Em uma tentativa de aprimorar os limites da vida, Hans Roy da Universidade de Aarhus na Dinamarca, analisou as argilas abaixo do Giro do Pacifico Norte sob o microscópio, constatando que a comunidade era formada por bactérias e organismos unicelulares chamados arqueas em um número extremamente pequeno.



Existem apenas 1.000 células minúsculas em 1 centímetro cúbico de sedimento, o que significa encontrar uma agulha num palheiro”, comentou Roy.


O pesquisador dinamarquês Hans Roy abrindo uma amostra de lama com milhões de anos. Foto: Reprodução/Bo Barker Jorgensen/Science

Os micróbios dependem de oxigênio, carbono e nutrientes em seu ambiente natural para sobreviver, mas a equipe de Roy descobriu que o carbono usado por esses organismos é tão limitado que as células respiram oxigênio 10 mil vezes mais lento do que as bactérias em culturas de laboratório.
Roy acredita que a comunidade microbiana é tão escassa e as taxas metabólicas tão baixas que os níveis de nutrientes, provavelmente, representam o mínimo do mínimo necessário para manter as enzimas celulares trabalhando no DNA. “Parece que chegamos ao limite absoluto do menor metabolismo possível das células”, diz ele.
Um pesquisador chamado Yuki Morono da Agência Científica Japonesa de Mar, Ciência e Tecnologia em Nankoku, Japão, estudou recentemente comunidades semelhantes, afirmando que os organismos parecem mortos, se forem comparados com as escalas de tempo convencionais.
Morono relatou que, apesar de parecerem mortas, quando são expostas em ambientes com pura glicose, as bactérias assimilam rapidamente os nutrientes, mostrando que estão vivas, apenas possuindo um metabolismo inacreditavelmente lento.
Roy diz que a expectativa de vida desses organismos é extremamente alta. Como o metabolismo é baixíssimo, a energia necessária para multiplicação, levaria centenas ou milhares de anos para uma célula se dividir, formando duas. O estudo sugere que as arqueas encontradas podem ter centenas de milhares de anos.
Segundo Roy, elas podem ser ainda mais antigas do que as previsões mais pessimistas. Nascomunidades extremamente pobres em energia, a reprodução não parece fazer sentido, porque você criaria rivais para consumir o pouco alimento que existe.
Se você mal cumprir suas exigências energéticas necessárias, seria suicídio se dividir em dois”, comentou Roy. O pesquisador imagina que, ao contrário de gastar energia em divisões celulares, as arqueas usam a energia disponível para reparar danos moleculares que ocorrem ao longo dos séculos. O pesquisador salientou que a ciência não sabe quase nada sobre organismos que vivem com taxas de energia tão baixas, representando um novo desafio para a ciência e abrindo um caminho para que pesquisadores sonhem com a busca pela vida em outros planetas.