Ao longo das últimas décadas, os cientistas
sugeriram que os níveis elevados de HDL eram um fator positivo, sendo chamado
de bom colesterol, reduzindo o risco de ataques cardíacos.
Novas evidências, no entanto, sugerem que a coisa
não é bem assim como pensávamos. O estudo, publicado na revista The Lancet,
desafia as suposições existentes de altos níveis de HLD como um fator para
redução de doenças cardíacas. A dúvida surgiu justamente pelo conhecimento de
que, índices diminutos de HLD também são tidos como associados ao baixo risco
de ataques cardíacos.
Uma equipe de pesquisadores do Instituto Broad
do Massachusetts General Hospital, estudou as ligações entre as
variantes genéticas e os níveis de HDL, associando a ataques cardíacos em mais
de 170.000 pacientes. A pesquisa não encontrou nenhuma evidência
de que o HDL reduza o risco de doenças cardíacas.
Sekar Kathiresan, professor associado de medicina na Harvard
Medical School, declarou ao portal Science Daily:
“Sempre foi dito que um paciente deveria
aumentar os níveis de HDL, pensando que os riscos de doenças cardíacas
diminuiriam. Este trabalho mostrou que isso não tem fundamento”.
O que a pesquisa certamente não nega é
que níveis baixos de HDL são indícios de doenças cardíacas futuras. Na verdade,
o HDL é um indicador que continuará a ser usado como fator de identificação,
selecionando pacientes com baixo ou elevado risco de doenças no coração. O que
a pesquisa sugere claramente é que, qualquer tentativa de aumentar
artificialmente o HDL em um paciente pode ser completamente inútil.
Aumentar os níveis de HDL através de qualquer
mecanismo não irá ajudar em nada os pacientes. Talvez existam outros mecanismos
que possam reduzir os riscos de doenças; vamos continuar pesquisando. para saber”, comentou Kathiresan.
A pesquisa acaba sendo um “tapa na cara” de grandes
indústrias farmacêuticas que possuem medicamentos que ajudam a aumentar o HDL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário