As táticas que o HIV usa para infectar células
foram visualizadas em maior detalhe, nunca antes visto, através de nova
técnica.
Microscópios de luz convencionais não conseguem ver
as estruturas menores que 200 nanômetros porque eles são limitados pelo
comprimento de onda da luz visível. Os vírus que, normalmente, medem cerca de
25 a 300 nm, são muito pequenos para serem observados.
Uma forma de contornar este problema é observar as
proteínas através de marcadores fluorescentes, ativando-as e observando o mapa
e a localização de todas as proteínas marcadas em uma imagem composta. O grande
problema com esta técnica é que os marcadores usados podem interferir na função
real da proteína, tornando difícil de ver o que de fato ocorre em um sistema
natural.
Nathalie Arhel do Instituto Pasteur em Paris e seus
colegas conseguiram modificar esta técnica e inseriu seis aminoácidos em uma
enzima que o HIV utiliza para integrar seu DNA no genoma hospedeiro. Os
aminoácidos não afetam a função da enzima e proporcionam um melhor sistema com
os marcadores convencionais.
Essa nova técnica consegue observar melhor o HIV.
Anteriormente não era claro se o material genético do vírus era liberado no
citoplasma da célula hospedeira ou se permanecia em um recipiente chamado
capsídeo até atingir o núcleo da célula.
Segundo o estudo, o HIV deixa suas informações genéticas guardadas
dentro do capsídeo. Esse dado é vital para desenvolver fármacos que consigam
interceptar o vírus antes que suas moléculas se integrem ao DNA humano.
A pesquisa foi publicada na revista Proceedings
of the National Academy of Science.
Nenhum comentário:
Postar um comentário