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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Imagens do HIV em células infectadas revelam táticas virais inéditas



As táticas que o HIV usa para infectar células foram visualizadas em maior detalhe, nunca antes visto, através de nova técnica.

Microscópios de luz convencionais não conseguem ver as estruturas menores que 200 nanômetros porque eles são limitados pelo comprimento de onda da luz visível. Os vírus que, normalmente, medem cerca de 25 a 300 nm, são muito pequenos para serem observados.

Uma forma de contornar este problema é observar as proteínas através de marcadores fluorescentes, ativando-as e observando o mapa e a localização de todas as proteínas marcadas em uma imagem composta. O grande problema com esta técnica é que os marcadores usados podem interferir na função real da proteína, tornando difícil de ver o que de fato ocorre em um sistema natural.

Nathalie Arhel do Instituto Pasteur em Paris e seus colegas conseguiram modificar esta técnica e inseriu seis aminoácidos em uma enzima que o HIV utiliza para integrar seu DNA no genoma hospedeiro. Os aminoácidos não afetam a função da enzima e proporcionam um melhor sistema com os marcadores convencionais.

Essa nova técnica consegue observar melhor o HIV. Anteriormente não era claro se o material genético do vírus era liberado no citoplasma da célula hospedeira ou se permanecia em um recipiente chamado capsídeo até atingir o núcleo da célula.

Segundo o estudo, o HIV deixa suas informações genéticas guardadas dentro do capsídeo. Esse dado é vital para desenvolver fármacos que consigam interceptar o vírus antes que suas moléculas se integrem ao DNA humano.

A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Science.






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