Pesquisadores americanos estão demonstrando um meio
de usar partes curtas de DNA com dados regraváveis em células vivas.A técnica utiliza duas proteínas adaptadas a
partir de um vírus para transformar pedaços de DNA em “bits”. Embora seja em um
estágio inicial, o avanço pode ajudar a pavimentar o
caminho para a computação e o
armazenamento de memória em sistemas biológicos.
Pesquisadores dizem que o avanço pode ser usado
para depositar informações pequenas para serem usados na luta contra o câncer e
o envelhecimento. A equipe de bioengenharia da Universidade de Stanford está
empenhada neste trabalho há três anos.
Para “ler” os dados nos cortes feitos, é necessária
uma iluminação especial que mostra um brilho vermelho ou verde, dependendo da
orientação apresentada.
As duas proteínas usadas chamam-se integrase e
excisionase. Elas foram produzidas através de um bacteriófago – um tipo de
vírus que só infecta bactérias.
O truque foi encontrar um equilíbrio entre as
proteínas para, de modo confiável, mudar a direção das seções de DNA que
funcionariam como um “bit”. Depois de 750 ensaios, a equipe atingiu o objetivo,
conseguindo modelar um sistema que é equivalente a 8 bits processamento de
informações.
O trabalho está na fronteira da engenharia biológica e o principal autor
do estudo, Drew Endy, disse que grandes aplicações sobre essa abordagem ainda
estão por vir, mas ele não está preocupado com isso.
“Eu não estou preocupado como essas formas de
armazenamento de dados genéticos podem ser úteis no futuro, apenas quero criar
de forma confiável pedaços biológicos para que a tecnologia seja possível”,
disse Endy.
“Após isso, vamos colocar a tecnologia nas mãos
de outros cientistas para mostrar ao mundo como ela poderá ser usada”,
salientou o cientista.
À medida que os pedaços de DNA são mantidos ativos, as informações são
transmitidas mesmo após 90 duplicações celulares. Os fragmentos de DNA com
informações específicas poderiam ser usadas como “repórteres” levando bits de informações
para ajudar no entendimento da proliferação de células, por exemplo, em tecidos
cancerosos.
Ao longo prazo, a integração desse sistema
biológico com componentes computacionais pode provocar um grande avanço no
estudo do cérebro e da mente. “Um dos lugares mais legais para a computação
é dentro dos sistemas biológicos”, concluiu Endy.
Nenhum comentário:
Postar um comentário